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Ofício de Trevas é realizado em Nísia Floresta

em quinta-feira, 5 de abril de 2012

Foi realizada ontem, na Matriz de Nossa Senhora do Ó, em Nísia Floresta, o Ofício de Trevas. Os eventos de ontem começou com uma procissão saindo da Capela de São Pio, do Loteamento, até a Igreja Matriz. Os Padres Lenilson e Fábio conduziram a ação litúrgica que se seguiu à procissão. Entenda mais sobre o que é o Ofício de Trevas lendo o texto abaixo do site da Editora Cléofas e confira algumas fotos de ontem.







O ofício de trevas (matutina tenebrarum) é o ofício das matinas e laudes dos três últimos dias da semana santa (quarta, quinta e sexta-feira).
O ofício é cantado ao cair da noite
O nome deriva-se de três situações de trevas:
1. As trevas naturais de meia-noite ao anoitecer, ou seja, as horas destinadas à recitação do ofício, lembrando as palavras de Cristo preso nas trevas da noite: "Haec est hora vestra et potestas tenebrarum" (Esta é a vossa hora e do poder das trevas.) (Lc 22, 53).
2. As trevas litúrgicas, quando durante as cerimonias da paixão apagam-se todas as luzes na igreja, exceto uma.
3. As trevas simbólicas da paixão.
Quinze velas
Canta-se este ofício ao cair da noite. Por este motivo o auxílio das luzes de velas torna-se indispensável.
No coro é colocado um candelabro de quinze velas. Uma delas é de cor branca e todas as outras são feitas de cera amarela e comum, como sinal de luto e pesar.
As velas são apagadas ao final de cada Salmo
No final de cada um dos Salmos que vão sendo cantados, o cerimoniário apaga uma das velas. Ao mesmo tempo, as luzes da igreja vão sendo apagadas também. As velas vão sendo apagadas sucessivamente, até restar apenas uma, a branca. Esta vela não será apagada. Continuará acesa e será levada para atrás do altar.
Ao término do ofício, o oficiante e os que o seguem, fecham o livro com estrépito.
Explicação
As velas que vão se apagando representam os discípulos, que pouco a pouco abandonaram Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Paixão.
A vela branca escondida atrás do altar e, mais tarde, outra vez visível, significa Nosso Senhor que, por breve tempo, se retira do meio dos homens e baixa ao túmulo, para reaparecer, pouco depois, fulgurante de luz e de glória.
No fim, apagam-se as luzes para simbolizar o luto da Igreja e a escuridão que baixou sobre a terra quando Nosso Senhor morreu.
O ruído no fim do ofício de trevas significa o terremoto e a perturbação dos inimigos e recordam a desordem que sucedeu na natureza, com a morte de Nosso Senhor.
A razão histórica do rito de apagar pouco a pouco as velas do tenebrário provavelmente é uma lembrança. Semelhantemente se apagava uma vela depois de cada salmo, para constar quantos foram recitados. Este rito remonta, portanto, ao tempo em que ainda não havia ofícios metodicamente organizados ou quando havia, conforme a estação do ano, mudança no número de salmos.
Por Emílio Portugal Coutinho

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