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Entrevista com o seminarista Erivan Junior

em terça-feira, 22 de julho de 2014


(Foto: Agripino Junior)
No próximo dia 31 de julho, o seminarista Erivan Junior, que realiza seu estágio pastoral da Paróquia de Nossa Senhora do Ó, em Nísia Floresta, será ordenado Diácono da Igreja Católica Apostólica Romana, por imposição das mãos e oração consagratória de Dom Jaime Vieira Rocha, Arcebispo Metropolitano de Natal. A celebração solene será realizada a partir das 17h, no Santuário dos Mártires de Cunhaú e Uruaçú, na capital potiguar.


O blog da paróquia entrevistou o seminarista que falou sobre sua iniciação cristã, o despertar vocacional, a expectativa para a ordenação, entre outros. Confira a conversa logo abaixo:

Como despertou para a vida religiosa?

A minha vida religiosa partiu, como quase todos nós, a partir da experiência vivenciada pelos meus pais, minha mãe mais especificamente. Quando completei a idade de quatro anos fui inserido oficialmente no corpo místico de Cristo, a Igreja; com o sacramento da iniciação cristã e que é porta para todos os demais sacramentos: o Batismo. Fui crescendo vendo a religiosidade dos meus parentes mais próximos tendo sempre como base a missa dominical. Sem dúvida alguma, a frequência semanal do sacrifício Eucarístico foi extremamente importante para me dar uma base mais concreta no meu crescimento religioso. A minha família me passou alguns costumes inerentes da piedade popular: as orações diárias do Pai-Nosso, Ave Maria, Anjo da Guarda, entre outras. Porém, em um determinado momento da minha infância houve um afastamento da vida eclesial, que só foi retomada com a catequese da primeira Eucaristia.

Quando e como surgiu a vocação para o sacerdócio?

Como disse, a minha vida eclesial foi retomada de uma forma mais definitiva a partir da catequese da primeira comunhão e, sem dúvida alguma, esse período da minha vida foi extremamente importante para o primeiro despertar vocacional. No entanto, a decisão só foi tomada de uma forma mais definitiva a partir dos 18 anos, quando comecei o processo de seleção vocacional no Seminário de São Pedro. A Vocação não surge de forma repentina como em uma mágica, mas são pequenos sinais em nossa vida que Deus, aos poucos, vai confirmando e “falando”. No meu caso, a minha maior motivação foi o anseio de entrega e anúncio do Reino, sobretudo, para os pobres de espírito. 

Como foi a caminhada de seminário?

Foi um período frutuoso e eficaz para a minha formação humana, intelectual e espiritual, pois me foi proporcionado a possibilidade de ascender nessas áreas. Foi no seminário que dei os primeiros passos formativos à caminho do tão esperado presbitério. É no seminário que temos toda a fundamentação teórica do ser padre. A prática do sacerdócio também é começada no seminário através da perseverança cotidiana da oração, dos estudos e da própria experiência pastoral que vivenciamos semanalmente. Sem dúvida alguma, serei eternamente grato por tudo o que o seminário me proporcionou e, de maneira especial, por ter sido tão importante para o “amadurecimento” da minha fé.

 

O que tem achado do período de estágio em Nísia Floresta?

Eu já conhecia esta ilustra cidade, pois entrei no seminário com o Diác. João Batista (filho da terra) e isso possibilitou a minha estada em várias ocasiões nesta “eterna Papari”. Sem dúvida alguma eu posso dizer que esta cidade tem sido para mim como uma escola à ensinar-me várias lições, dentre as quais destaca-se o “ser pastor”. Mas, o que me chama mais atenção nesta cidade é a manifestação da piedade popular do povo de Deus. Além disto, o povo é muito acolhedor e na sua grande maioria está sempre disponível para colaborar com as necessidades da Igreja em peregrinação.  

​Qual o sentimento ao saber de sua ordenação diaconal?

“Sou apenas um servo inútil, fiz o que deveria ser feito”. Estas palavras do Evangelho resumem o que eu tenho sentido nestes últimos meses, pois ao olhar minha impotência reconheço que tudo é graça de Deus.  O que eu quero dizer, na realidade, é que há uma mistura de sentimentos e pensamentos: enquanto meu coração “explode de alegria” ao contemplar de forma tão próxima a minha ordenação, uma realidade que tenho me preparado nestes últimos dez anos; a minha razão diante das minhas limitações, reafirma a minha indignidade de receber um dom de Deus tão precioso que é a Vocação sacerdotal. Por isso, só peço que todos possam rezar por mim, para que eu seja um diácono e futuro padre que der muitos frutos para o Reino de Deus.

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